sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Light painting

Olá amigos. Desta vez, apresento-lhes um post sobre light painting, que, para quem não conhece, trata-se de uma técnica fotográfica em que a exposição é feita movendo uma fonte de luz ou movendo a câmera.
Há basicamente três tipos de técnica de light painting. A primeira consiste em iluminar partes ou o todo de um objeto com uma fonte luminosa, como uma lanterna. Outra técnica consiste em desenhar uma pintura, apontando a fonte luminosa diretamente para a câmera, que é a chamada light drawing. E, por último, mas não menos importante, a Kinetic light painting, que é quando a foto é obtida movendo-se a câmera diante de várias fontes luminosas como as luzes de uma cidade, sendo a câmera usada como se fosse um pincel.
As duas primeiras técnicas já experimentei e confesso que os resultados obtidos com light painting foram mais interessantes. Nas duas primeiras é necessário o uso de um tripé e exposição prolongada. Geralmente, uso entre 20 a 30 segundos de exposição, ISO 100 e uma abertura pequena, entre f/16 a f/22. Abaixo, minhas primeiras tentativas com light drawing dentro de um quarto escuro.

Light drawing em f/29, 15s, ISO 400
Como primeira tentativa, coloquei a câmera em um tripé, objetiva em 29mm e acionei o disparador automático em 10 seg para que tivesse tempo de me posicionar diante da câmera e começar a “desenhar”. Fiquei impressionado com o que vi, pois não acreditava que, mesmo com uma abertura bem pequena, com uma simples fonte de luz pudesse obter algum tipo de imagem. Usei ISO 400, o que na verdade aconteceu por um descuido, pois esqueci de fazer a regulagem antes da foto. Normalmente, uso ISO 100.

Light drawing em f/29, 15s, ISO 400
Nesta segunda tentativa, o resultado foi praticamente o mesmo, não representando nada de criativo. Talvez eu não tenha me esforçado, ou talvez não tenha sido bastante criativo.
Foi então que resolvi iluminar um objeto ao invés de tentar criar um desenho com a lanterna. Usei uma objetiva de 50mm f/1.8 na minha Canon T3i, abertura em f/16, uma exposição de 20 seg e ISO 100. E voilà o resultado.

Light painting em f/16, 20s e ISO 100
Usei uma calça preta sobre um banquinho e uma velha câmera Pentax de filme 35mm. Liguei a câmera, fiz o foco no centro da imagem, desliguei o AF da lente de modo a evitar que a câmera quisesse fazer o foco novamente, apertei o disparador com retardo de 10 seg e, ao ouvir o clique, comecei a “pintar” o objeto com luz, dando realce ao nome e modelo da câmera. Após o diafragma fechar-se inclinei-me ansioso para ver o resultado e fiquei impressionado com o que vi.
Passei, então, a experimentar outros objetos e adorei os resultados. O mais impressionante é saber da simplicidade da técnica e da possibilidade que você tem de criar formas dependendo da intensidade da luz e de onde você deseja iluminar no objeto. Abaixo fotografia obtida com objetiva de 50mm em f/16, 20s e ISO 100.


Descobri que esta é uma técnica utilizada para produção de imagens para comerciais chamada packshot. No caso, usei a calça preta, como poderia ter usado qualquer outro fundo negro e iluminei somente o pote de nutella, isolando-o do resto. É importante que a fonte de luz recaia somente sobre o objeto para se obter este efeito. Abaixo foto obtida com lente 50mm em f/16, 20s e ISO 100.



Em se tratando de um objeto com uma superfície refletida, é preciso tomar cuidado para que a fonte luminosa não produza um reflexo sobre o objeto; caso contrário, irá aparecer como se o objeto estivesse sido “riscado” pela luz.





E por último, coloquei um pedaço de vidro para que pudesse criar um reflexo da imagem que eu queria desenhar. Novamente, fica a dica de que é preciso iluminar somente o objeto de modo a evitar que o reflexo da lanterna apareça sobre o vidro.

Light painting em f/16, 25s e ISO 100

O resultado não ficou tão bom, pois o reflexo apareceu tremido. Não sei realmente o porquê. Mas com a prática vem a perfeição, numa segunda tentativa, o reflexo pareceu diminuir. Desta vez, coloquei a câmera num nível mais alto em relação ao objeto de modo a obter uma maior área refletida.


Comecei a pesquisar sobre como poderia colocar outros efeitos na fotografia e passei a usar outra fonte de luz além da lanterna. Usei um celular, como poderia ter sido um tablet, que teria sido melhor, pois a fonte de luz é maior. A técnica consiste em, após fazer o foco no objeto, desligar o AF, disparar e passar a lanterna sobre o objeto por alguns segundo. Em seguida, usei um celular em que a tela estava toda preenchida por uma cor amarela, como poderia ser qualquer outra. Para isso baixei um arquivo com a cor amarela, ampliei a foto na tela do celular e passei o celular por trás do objeto. Desta vez usei uma objetiva em 120mm em vez da 50mm, em f/16, 15s e ISO 100. 


Pode-se perceber o fundo em amarelo, quase verde numa forma arredonda, pois foi assim que passei o celular, contornado o relógio. Percebe-se, também, o reflexo da lanterna sobre o vidro do relógio, até criando um efeito, embora não tenha sido esta a minha intenção.

E esta foi o resultado final que achei mais criativo, com o fundo amarelo obtido a partir da imagem no celular. Espero que estas minhas experiências tenham sido interessantes e que possam contribuir para aqueles que desejam experimentar também nesse tipo de fotografia. Aos que já utilizam o light painting, ficaria muito agradecido em receber comentários, críticas e dicas de como obter melhores fotos tanto neste assunto como em outros relacionados com a fotografia. Um abraço.




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Enfim, Paris!

Desde minha viagem à Europa em 2011, fiquei encantado com o pouco que vi de Paris. Apesar de visitar os principais pontos turísticos como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, Louvre, Notre Dame e apesar do meu francês não ir além de parlez-vous anglais cheguei a me aventurar em outros locais da cidade e tive a oportunidade de entrar em contato direto com os parisienses, conhecer o seu humor e o seu mal humor. 
Arco do Triunfo - impressiona pelo seu tamanho.

Torre Eiffel iluminada a partir das 22 horas

Como diz minha prima Helena que mora lá há cerca de vinte anos, com aquele tempo que faz lá, não é de se admirar que os parisienses sejam tão mal-humorados. O que mais me chamou a atenção foram os parques parisienses e como eles são cuidados. Em especial, destaco o Parc Georges Brassens no 15º arrondissement. Longe, anos-luz de querer ser um guia de Paris, pois para isso existem centenas de sites (e aqui indico um que acredito ser completo não somente sobre Paris, mas a França, que é o http://www.conexaoparis.com.br/ e utilizem sem moderação), mas quero comentar sobre minha primeira visita à Paris e pela qual me apaixonei. Havíamos acabado de chegar da Disneyland, de onde se alcança através de uma conexão via RER da Gare de Lyon em direção à Marne-La-Vallée/Chessy. Voltando para o hotel, próximo ao Parc des Expositions, caminhamos até o Parc Georges Brassens.  
Gare de Lyon, de onde se pode chegar até a Disneyland

Chegando lá, enquanto observava as crianças brincando no parque, aproximou-se de mim uma senhora e, talvez ouvindo aquela língua exótica chamada português, perguntou, em inglês, de onde nós éramos. E começamos a conversar. E a conversa foi se desenrolando sobre o Brasil, sobre seus costumes e a senhora cada vez mais interessada. E eu elogiava sua cidade, seus parques, aquele clima de primavera que tanto me fascinava. Percebi que já eram quase 21 horas e que o parque fecharia em breve. Despedi-me daquela senhora encantado mais ainda com aquela cidade.
Apesar do pouco tempo que fiquei na cidade, apaixonei-me por ela e pela cultura francesa. De volta ao Brasil, resolvi estudar francês. Dois anos depois, voltei a Paris, desta vez, sozinho, de passagem para Lyon onde faria um curso de francês durante um mês. Aproveitei para registrar algumas passagens da cidade que me marcaram, seja pela sua beleza, seja por sua história.
Na minha modesta opinião, nada mais parisiense que o Sena. E passear por suas margens, observando a paisagem, aventurar pelas ruas por trás dos grandes pontos turísticos, conversar com as pessoas, entrar em um quiosque onde se encontrar souvenirs foi de uma satisfação imensa.



Pont Neuf
 Cruzando a Pont Neuf, dobrando à esquerda, alcança-se os jardins que ficam por trás da Igreja de Notre Dame. Sentei-me em um dos muitos bancos sob as árvores, aproveitando a conexão wi-fi gratuita, fazendo um lanche enquanto aguardava o barco que faria o passeio pelo Sena. Detalhe, os barcos do Batobus fazem o mesmo percurso do Bateau Mouche e são bem mais baratos.


Pegando o Batobus na margem esquerda do Sena, próximo à Notre Dame, o barco faz o percurso até o Jardin des Plantes, a saída do canal de Saint-Martin, retornando em seguida em direção ao Hôtel de Ville, Louvre e Champs-Élysées, onde desci para fazer uma caminhada até o Palais des Invalides.


Hôtel de Ville

Museu do Louvre



Palais des Invalides


Atravessando a Pont Alexandre III chega-se ao Palácio dos Inválidos, contruído por Napoleão I para acolher os soldados feridos das guerras. Há um museu com acervo militar, Musée de l'Armée, inclusive da 2ª Guerra Mundial, bem como a tumba do imperador. Essa foto acima foi tirada da Av. de Tourville, onde, à direita segue-se para o Museu de Rodin e à esquerda para a Av. de la Bourdonnais e ao Champ de Mars de onde se contempla a Torre Eiffel. Ficava admirado à medida que me aproximava do Campo de Marte e via a torre ganhando forma e tamanho. As calçadas muito arborizadas tornavam a caminhada extremamente agradável.


Chegando à Torre Eiffel, como não tinha comprado o ingresso antes, tive que enfrentar uma fila, coisa normal em qualquer ponto turístico, mas nada que tirasse o bom humor. Antes da subida, passa-se por uma revista por seguranças nada simpáticos e tem-se acesso, ou pelo elevador ou pela escada. Escolhi a segunda opção e à medida que subia, enquanto tomava fôlego para continuar (não contei, mas dizem que até o primeiro nível tem mais de 300 degraus) fui registrando algumas fotos da cidade. Infelizmente, a bateria da minha câmera acabou e, felizmente, estava com o celular para registrar.
Campo de Marte e Montparnasse ao fundo.

Margem direita e esquerda do Sena.

Reparem no tamanho das pessoas a partir primeiro nível.

Olhando para o norte, vê-se a Colina de Montmartre


Vista do Campo de Marte e a Torre de Montparnasse ao fundo

Vista do Jardin du Trocadéro e La Défense ao fundo
Visão da torre a partir do Trocadéro
Após a visita à Torre, desci em direção ao Jardin du Trocadéro que fornece uma vista magnífica da Torre. Procurando fugir dos inúmeros comerciantes de souvenirs que abordam os turistas, dirigi-me ao Palácio de Chaillot, no cume da colina em que se ergue este jardim. Ali, há museus como o Museu da Marinha e o Museu do Homem. Vale à pena uma visita ali.
Em seguida, peguei o metrô linha 6 na estação Trocadéro em direção à Charles de Gaule/Étoile onde desci para contemplar o Arco do Triunfo.
Abaixo do Arco tem uma passarela subterrânea por onde se acessa o monumento.
Saindo da estação do metrô, passando por baixo do monumento, pode-se comprar o ingresso para subir e ter uma visão de toda a Champs-Élysée. Peguei, então, o metrô na estação Charles de Gaule, linha 2 em direção à Nation e desci na estação de Anvers, onde peguei o funicular para subir a colina de Montmartre. Desta vez não quis subir os degraus de uma escadaria que sobe ao lado do funicular. Aliás, com o ticket do metrô, tem-se acesso ao funicular.
Subida do funicular de Montmartre

Chegando à colina de Montmartre, você se depara com um grande comércio com lojas de tudo que se possa imaginar, bem como restaurantes. É um bairro boêmio, bairro de artistas e é possível vê-los trabalhando na rua, pintando, desenhando.

Em seguida, dirigi-me até a Basílica de Sacré-Coeur, imenso templo erguido em 1870 por ocasião da comemoração da vitória francesa na Guerra Franco-Prussiana, tendo sido concluída somente em 1914. Do alto da colina, tem-se uma vista magnífica da cidade. 
Basílica de Sacré-Coeur



Vista de Paris a partir da colina de Montmartre

Pode-se percorrer as ruas do bairro por meio de um trenzinho que passa por vários locais famosos inclusive a casa de espetáculos Moulin Rouge. Este trem chama-se Le petit train de Montmartre e custa em torno de 6.50 euros a tarifa para adulto. Mais informações no site http://www.promotrain.fr/accueil.htm que está em inglês e francês.
Ao lado da igreja, pode-se encontrar diversos bares e restaurantes, artistas, vendedores, turistas de todas as partes. Enfim, sente-se a cidade viva. É gostoso sentar-se em um dos inúmeros bares e observar o movimento das pessoas nas ruas e pode-se encontrar desde os simples e famosos crepes até pratos mais sofisticados.



Estas foram as impressões que tive em um dia, flanando pelas ruas da Cidade Luz. Espero que esta descrição da minha visão de Paris tenha sido útil e espero contar com os comentários. Se você já foi à Paris, deixe a impressão que você teve desses lugares e compartilhe comigo. Se não foi ainda, não deixe de aproveitar cada momento, capturando detalhes da vida parisiense. Um grande abraço.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Certa vez, li que a fotografia é a poesia da imagem. Pensando em ir além do que a imagem da fotografia pode transmitir, resolvi escrever sobre minhas experiências com a fotografia. E por que seguir o Fio de Ariadne? Tal qual o artifício utilizado pela filha do Rei Minos em ajudar seu amado Teseu a entrar e sair com vida do labirinto de Creta, o fio de Ariadne leva a encontrar a beleza de uma fotografia perfeita para mim, caprichada, feita com esmero até representar aquilo que eu perseguia ao ver o tema. Você pode encontrar várias alternativas para sair de um labirinto, para a solução de um problema. Porém, para conseguir isto é preciso tentar; tentar até conseguir uma solução. Se não conseguiu, tentar novamente, eliminando aquele caminho que não levou à solução esperada, partindo de onde começou até encontrar a resposta para o problema. Após cinco meses em que comecei a me dedicar à fotografia, começo a descobrir novas maneiras de encontrar uma solução para aquela foto perfeita, aquela que transmite a poesia da imagem que eu busco em cada clique. Comecei a gostar de fotografia desde o tempo em que meu falecido pai, fotógrafo amador fazia suas experiências com fotografia em preto e branco, dentro de um quarto escuro, com aquela luz vermelha, reveladores, fixadores, negativos. E eu ficava maravilhado quando de repente, de um papel em branco começava a surgir uma imagem, de início opaca e à medida que o papel permanecia mais tempo dentro daquelas soluções ganhava vida, forma, contrastes. Cresci e sempre gostei de fotografia, na verdade, mais de fotografar do que ser fotografado. E hoje, em meio à onda dos selfies, ainda prefiro a primeira opção. Minha primeira câmera, uma Pentax 35-80mm que comprei para registrar o nascimento do meu primeiro filho, em 2002 foi usada somente no modo automático, pois não fazia ideia do que viria a ser aqueles outros botões e só usei até o nascimento da minha filha em 2004, quando apareceram as câmeras digitais. A minha primeira foi um Canon PowerShot A520 com quem partilhei vários momentos felizes, e pude capturar várias imagens que marcaram minha vida, como uma viagem que fiz a Abrolhos em fevereiro de 2010 por ocasião de uma expedição de radioamadorismo para aquela ilha no litoral do sul da Bahia. Abaixo, algumas fotos dessa viagem.







Em seguida, adquiri uma outra Canon, uma PowerShot SX130 IS, que me acompanhou em minha primeira viagem internacional, visitando França, Alemanha, Áustria, Itália e Portugal. E aqui merece um capítulo especial que dedicarei uma importância muito grande, pois foi quando tive o primeiro contato com a cultura francesa e me apaixonei por aquele país e por sua língua. Abaixo, algumas fotos tiradas com esta câmera em Veneza e em Capri.



Infelizmente, a história dessa câmera terminou em uma viagem que fiz com a família para Bariloche e Buenos Aires, esquecida que foi em um quarto de hotel. Apesar de insistentes reclamações junto ao gerente do hotel em que eu afirmava que a câmera havia ficado lá, não a consegui recuperar, bem como as fotos da nossa viagem, especialmente a primeira experiência com a neve. Paciência; foram as imagens, mas ficou a lembrança. Por isso, sempre que viajou, procuro logo fazer um backup das minhas fotos e passar para um pendrive. Assim, não corro o risco de perder de novo e ficar só com as lembranças. Em seguida, no final de 2012, comprei uma Samsung WB 150F, com a qual comecei minhas experiências com obturador e diafragma, ISO, exposição etc. Com ela, comecei a ir além da função smart e passei a explorar os recursos que esta câmera oferece. A partir daí, em fevereiro deste ano de 2014, por ocasião do meu aniversário de 45 anos, resolvi partir para algo mais sério na fotografia, já que minha Samsung começou a mostrar suas limitações, embora ainda a utilize para minhas experiências. Procurei muito por uma DSLR semi-profissional com a qual eu pudesse ingressar no mundo da fotografia digital no sentido de que eu pudesse explorar os recursos que a prioridade abertura, velocidade e manual pudessem traduzir numa melhor qualidade para minhas fotografias. Mais uma vez, seguindo o fio de Ariadne, procurei pesquisar qual equipamento poderia me dar o melhor custo-benefício. Fiz opção pela Canon T3i, que veio com uma objetiva 18-135mm. Com ela, comecei a estudar a fotografia, pesquisando sobre luzes, sombras, poses, design e com ela descobri uma nova paixão na vida. Se até bem pouco tempo, preenchia meu tempo livre com o radioamadorismo, especialmente em transmissões em código morse, passei a me dedicar a encontrar as melhores maneiras de conseguir melhores fotos. Seguindo o fio de Ariadne, começando e recomeçando a cada foto. Portanto, este blog tem o objetivo de mostrar minhas experiências com fotografia, seja de pessoas, paisagens, cenas do cotidiano.  À medida que for postando novas fotos, farei comentários do que buscava naquela foto e qual configuração da câmera foi utilizada para conseguir aquele resultado. Espero contar com os comentários e críticas dos que vierem a ler este blog. Desde já agradeço e peço que sigam comigo este fio de Ariadne.